Estudantes da Escola Municipal 15 de outubro, assistiram na terça-feira (13), ao espetáculo Meninas Curiosas, Mulheres do Futuro. A peça conta a história de mulheres inspiradoras na ciência e tem o objetivo de despertar a curiosidade e incentivar meninas a ingressarem em carreiras com baixa representatividade feminina. A iniciativa é uma parceria entre a Smed e a plataforma Força Menina que está movimentando o Parque da Cidade. As apresentações se encerram nessa sexta-feira (15), mas a ideia é que no próximo ano o projeto possa contemplar toda a Rede.
Foram selecionadas algumas escolas, mas todas as GRs foram contempladas. São quatro sessões por dia com um público de 400 estudantes. “Esse é um projeto da Força Meninas que busca incentivar o público feminino para as outras profissões tipicamente masculina. Esse espetáculo estimula as jovens meninas a ter curiosidade de explorar outras possibilidades. Todas as profissões podem ser exercidas tanto por homens quanto por mulheres”, explica Rita Sales, coordenadora do Fundo Municipal para o Desenvolvimento Humano e Inclusão Educacional das Mulheres Afrodescendentes (FIEMA).
“Ainda é muito baixa a representatividade feminina nas áreas de Engenharia, Tecnologia, Matemática…, apenas 15% das mulheres exercem essas profissões, a gente quer ensinar as meninas a se empoderar e depender cada vez menos dos homens”, destaca a produtora executiva do projeto Força Feminina.
A vice-gestora da Escola Municipal 15 de outubro, Verena Sciarretta levou três turmas do 7º ano. “Já estamos com o Centro de Formação para Educação das Relações Étnico-Raciais (Cenfran) na escola, trabalhando o empoderamento, as questões do racismo, das diferenças e com o projeto Homenagem à Vida que aborda a autoestima, valorização do indivíduo. A peça que elas estão assistindo hoje, reforça o que já é discutido em sala de aula, o empoderamento das meninas, as expectativas de futuro, assuntos que que fazem parte do nosso projeto e da nossa matriz de conteúdo de trabalho em sala de aula diariamente”, disse Verena.
“Temos que ter a consciência do nosso poder, devemos escolher trabalhar em qualquer profissão seja na área de tecnologia, ciência…. O fato de ser mulher, não nos faz inferior”, Camily Vitória Almeida Araújo, 12 anos, aluna da Escola 15 de outubro.
“Adorei a peça. Ela mostra que devemos batalhar para realizar nossos sonhos e que não existe profissão de homem e de mulher, podemos atuar em todas as áreas, basta a gente querer. Essa divisão é coisa do passado, podemos conquistar tudo que quisermos”, Lorena dos Santos Souza, 13 anos.
Fotos: Enaldo Pinto.