O comprometimento da saúde visual pode gerar impactos negativos no desenvolvimento físico e cognitivo das crianças. Pensando nisso a Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal da Educação (Smed) fez na quarta-feira (6), a entrega de cinco pares de óculos aos estudantes da Rede Municipal. A iniciativa é uma das ações do Programa Saúde na Escola em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e Ministério Público.
Até o momento, nove crianças já foram beneficiadas, a maioria contou com ajuda do professor que ao passar por uma capacitação da SMS, tem condições de identificar a dificuldade visual da criança. “A partir dessa identificação, o aluno é encaminhado para o Multicentro para fazer uma consulta com o oftalmologista. Havendo a necessidade, o médico prescreve os óculos, a SMS encaminha a família para uma ótica autorizada”, explica Jaqueline Araújo, coordenadora de Inclusão e Transversalidade da Smed.
Este ano cinco crianças receberam óculos, três da Escola Municipal Engenheiro Gilberto Pires Marinho: Pedro Henrique Nunes Piropo Santos, Priscila Borba de Jesus e Reinan Oliveira Santos. Escola Municipal Padre Norberto: Thalita Brandão Bahia e Franciele Ananda Santos de Souza da Escola Municipal Marechal Rondon.
“É muito importante essa iniciativa da Prefeitura de se comprometer a fazer a correção visual das crianças da Rede Municipal, muitas delas acabam tendo seu desempenho pedagógico prejudicado por não terem a possibilidade de comprar um par de óculos, e através do Programa Saúde na Escola isso se torna uma realidade”, afirma Frederico Wegelin, gerente da regional São Caetano.
A estudante da Escola Municipal Gilberto Pires, Priscila Borba de Jesus, 12, tem miopia e astigmatismo e desde os nove anos usa óculos, mas dessa vez a mãe não conseguiu arcar com as despesas. “Eu achei muito bom fazer parte desse programa, pois tive uma economia de mais de R$ 800,00 e esse dinheiro eu não teria como pagar”. Conta Carina Caren Brandão, mãe da aluna.
Reinan Oliveira, também aluno da Escola Municipal Gilberto Pires conta que enxergava tudo embaçado no quadro. “Eu pedia a pró pra sentar na cadeira da frente porque não conseguia lê de longe, agora com os óculos eu não vou ter mais esse problema”, afirma.
Fotos: Enaldo Pinto