Exposição de arte movimenta o Imeja na Boca do Rio

07 de dez de 2022 - Jornalismo

 

Alunos do Instituto Municipal de Educação Professor José Arapiraca (Imeja), situado na Boca do Rio, visitaram a Exposição “Águas de O’ya para Aga”. Evento realizado nas dependências da unidade, na segunda-feira (06), foi a culminância da pesquisa de mestrado, da professora de arte, Jurema Castro Couto Caldas. Os trabalhos de pintura, colagem e preparação do ambiente foram confeccionados pelos alunos, após diálogos e discussões com narrativas sobre o mar e tudo que envolve o tema.

Caracterizada de Iemanjá, a professora Jurema falou do trabalho realizado em sala de aula que abordou questões sobre a arte, territorialidade, cultura, tradição e religiosidade. “A exposição é a materialização pedagógica  do mestrado, pois o mar passou a fazer parte do meu plano de aula a partir de 2004 quando fui transferida aqui para o Imeja e essa proximidade com o mar, as relações afetivas de alguns alunos, filhos de pescadores e a forte religiosidade de matriz africana, foi a química  necessária para realização dessa exposição que homenageou também a professora Agnacy Ribeiro que fortaleceu e incentivou o projeto de arte, por isso esse nome, águas de O’ya para Aga, apelido dado a ela aqui na unidade”, revelou a professora.

“Me sinto lisonjeada e agradecida de coração pelo reconhecimento que a nossa professora Jurema tem feito a esse trabalho que desenvolvemos, pois apenas colaborei na execução, dando incentivo, mas, na verdade, os alunos que são os grandes protagonistas dessa exposição, cheia de atitude e história”, disse Agnacy Ribeiro.

Além da representação icônica da Rainha do Mar, a mostra teve uma ambientação cenográfica que inclui barcos, jangadas, desenhos e materiais recicláveis. A aluna Maristela Farias Gonçalves, 13, do 8º ano, falou do processo de aprendizado. “Eu achei maravilhosa essa metodologia que a professora nos ensinou, pois amo a arte, poder ver todo esse trabalho que fizemos em sala de aula sendo exposto para outros estudantes é simplesmente gratificante, além de nos ensinar a prática do cuidar de nosso Meio Ambiente e reciclar o lixo que usamos”.

“Eu entendi mais sobre as manifestações populares.  Espero que todas as escolas abordem mais sobre esse e outros temas, como a diversidade, o preconceito, a violência contra a mulher, a gordofobia e principalmente sobre a intolerância religiosa e de gênero”, completou  o aluno Douglas Magalhães dos Santos, 14.

 

Fotos: Enaldo Pinto/Ascom/Smed