Funcionários da Desal concluem curso

20 de dez de 2006 - dev

Jeito manso, olhar simpático e vida renovada, são algumas das características de Estevão do Espírito Santo, um dos funcionários mais antigos da Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal). Com 26 anos dedicados à carreira na empresa e 61 de vida, seu Estevão é um dos participantes do projeto “Descobrindo o Futuro Concreto”, um programa desenvolvido pela Desal em parceria com a Secretaria Municipal da Educação e Cultura, que receberam no dia 15 o diploma de alfabetização de adultos.

Assim como os seus 11 colegas de curso, o antigo funcionário se sente renovado. “Para mim, foi de grande importância este curso. Antes olhava o papel e não enxergava nada, era como uma parede branca. Agora vejo o mundo muito melhor”, revela Espírito Santo. Desde abril, de segunda a sexta-feira, os servidores municipais interrompiam por uma hora e meia as atividades de trabalho para participar das aulas de alfabetização, ministradas nas instalações da própria Desal, em Pirajá.

O projeto Descobrindo o Futuro Concreto se estenderá até 2007 tanto para dar continuidade aos estudos dos alunos alfabetizados, quanto para os que ainda precisam aprender a ler. A iniciativa envolveu alunos de 24 a 60 anos e deu oportunidade àqueles servidores que ficaram impossibilitados de cumprir esta etapa pedagógica, favorecendo a sua inserção na sociedade. “Era difícil encontrar um trabalho, principalmente quando tinha que preencher fichas. Como não sabia escrever, perdia o emprego”, revela o pedreiro Pedro Jesus, funcionário da Desal há 22 anos.

Para os idealizadores do programa de alfabetização, esta iniciativa está alinhada à política social da empresa e objetiva o crescimento pessoal e profissional dos seus servidores. “Este é um programa que emociona muito porque sei que ele vai elevar a auto-estima e dar oportunidade a estes profissionais de crescer dentro da empresa”, diz o presidente da Desal, Euvaldo Jorge Oliveira.

Durante o processo de aprendizado, os alunos tiveram aulas contextualizadas no cotidiano e em temas de interesse deles. “Hoje reconheço a importância dos estudos, sei o que vivi por não saber ler”, lembra o aluno Wilson Anunciação.