11 de jun de 2021 - Jornalismo
“Falar sobre identidade, o contexto do aluno é fundamental. Não podemos reafirmar estereótipos pois isso depõe contra nossos alunos”. Essa foi uma das falas do educador da Rede Municipal de Salvador, Carlos Eduardo Santana, no encontro virtual que ocorreu na quinta-feira (10) para o trio gestor das escolas com Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Gerência Regional Subúrbio I. O encontro teve como foco conversar sobre os desafios e as possibilidades da lei 11.645/08, que trata da obrigatoriedade do Ensino da História e Cultura Afrobrasileira e Indígena.
Santana contou um pouco da história do Subúrbio, abordando as especificidades, a importância e os significados. Ele lembrou que os jovens, apesar das semelhanças, tem histórias diferentes e deve haver um esforço coletivo de mobilização para se conhecer a história de cada um, do bairro, nome e ancestralidade.
Adna Neves, gestora da Escola Municipal Senhor do Bonfim, localizada no bairro de Plataforma, salientou que o diálogo com o educador foi bem assertivo. Para ela, não tem como falar da EJA e para EJA sem essa imersão no contexto sócio, histórico e cultural ao qual os alunos jovens, adultos e idosos negros e indígenas fazem parte. Marivania Mota, coordenadora Pedagógica da Escola Municipal Senador Antônio Carlos Peixoto de Magalhães, no bairro de Rio Sena, afirmou que a palestra trouxe reflexão sobre o papel dela como educadora. A coordenadora acredita que é necessário conhecer a história para intervir de maneira significativa na formação da identidade dos educandos.
A coordenadora Pedagógica da GRE Subúrbio I, Patrícia Simões, destacou a necessidade de se discutir esse tema em todos os segmentos e modalidades da Educação em uma abordagem multidisciplinar, bem como aspectos relacionados à pessoa (pertencimento étnico-racial, história de vida, espaço comunitário ao qual pertence e que a escola está inserida), bem como fazer o planejamento das ações.
Texto e fotos: GRE Subúrbio I
