08 de out de 2009 - dev
Ampliar a cobertura do atendimento educacional de crianças, jovens e adultos impossibilitados de freqüentarem a escola é um dos objetivos da Secretaria Municipal da Educação, Cultura, Esporte e Lazer (SECULT) que, através do Instituto Criança Viva, inaugurou hoje (08) mais uma escola hospitalar. O unidade beneficiada com o atendimento foi o Hospital São Rafael, que vai atender pacientes de 2 a 17 anos.
Luiz Guilherme Medrado, 4 anos, morador da cidade de Vitória da Conquista, foi transferido a pouco tempo para o hospital depois de um período no GACC e após realização de cirurgia para retirar o tumor cerebral. Ele é um dos que será beneficiado com o programa. “Eu acho que ajuda muito, ajuda a manter o interesse do aluno, pois não ficam sem estudar”, afirmou a mãe do aluno, Sirlene Medrado.
A escola contará diariamente com três professores do município: professora Lidiane Moreira vai auxiliar os pacientes que ficam nos leitos. Ela já atende adultos no período noturno, no Hospital Ana Nery; Fabiana Neri, também professora do Hospital Ana Nery no período da noite, vai trabalhar com a Educação Infantil (2 a 6 anos); e Franci Malaquias, que também dá aulas no GACC durante a manhã, vai atender estudantes do Ensino Fundamental (com idade média entre 7 a 17 anos).
Segundo Malaquias, a aceitação dos pais e alunos é sempre positiva. “Nós fazemos uma sondagem antes para saber qual a necessidade daquela criança para fazer que o aluno tenha um momento significativo para ele”, afirmou a educadora.
A coordenadora de enfermagem do hospital, Jaci Torres, acredita nos benefícios que um espaço educacional e de lazer traz para os hospitalizados, além de permitir a continuidade dos estudos. “Tudo que a gente puder fazer para minimizar a experiência do processo de internação é válido”, declarou.
A próxima inauguração será no dia 19 de outubro (segunda-feira), às 9h, no Hospital Otávio Mangabeira.
O Programa
A Escola Hospitalar é um atendimento pedagógico-educacional que atende alunos portadores de patologias que exigem o internamento hospitalar, e outros procedimentos terapêuticos, que correm o risco de interromper o processo de escolarização.
No total, existem 16 classes, contando com os apoios domiliciares, que beneficiam crianças, jovens e adultos. De acordo com a coordenadora do programa, Veruska Andrade, até o final do ano outras duas escolas hospitalares serão inauguradas nos Hospitais Geral do Estado e Aristides Maltez.
A SECULT reconhece e valida o cumprimento dos estudos mediante envio de relatório de atividades e freqüência dos alunos.