Mostra de cientistas negros e negras é realizada na Escola Municipal Deputado Gersino Coelho.

11 de dez de 2019 - Publicidade

Na manhã desta quarta-feira (11), a Escola Municipal Deputado Gersino Coelho, situada no Doron, (GRE- Cabula) realizou a Primeira Mostra de cientistas negros e negras com o intuito de levar aos estudantes, informações sobre celebridades da raça negra que fizeram grandes descobertas em benefício da humanidade. Entre as inúmeras personalidades apresentadas, a exposição destacou a história da brasileira, Ana Luiza Santos que descobriu um sistema de filtragem sustentável que utiliza radiação solar e transforma a água contaminada em potável para abastecer regiões castigadas pela seca. A mostra foi realizada nos dois turnos com a participação de aproximadamente 300 alunos, a presença dos pais e toda comunidade escolar.

Outra personalidade que também ganhou destaque na exposição foi o cientista Vivien Thomas, um assistente cirúrgico norte-americano que desenvolveu os procedimentos usados para o tratamento da síndrome dos bebês azuis em 1940. Dr. Thomas lutou contra a pobreza e o racismo para se tornar um pioneiro na área da cirurgia cardíaca e um professor para estudantes que se tornariam os melhores cirurgiões dos Estados Unidos. Vivien Thomas recebeu o título em Doutorado Honorário.

“Essa Mostra encerra todo o trabalho construído durante o ano letivo, com a descoberta desses cientistas que contribuíram para o enriquecimento da nossa história e através da leitura e pesquisas descobrimos a importância do povo negro na construção da nossa ciência”, disse a professora do Ensino Fundamental 2 e idealizadora do projeto, Lorena Bárbara Santos Costa.

Ainda de acordo com a professora, a participação dos cientistas negros na história não foi citada nos livros. “Sempre percebemos nos livros que trazem o conceito de ciência a partir da cultura eurocêntrica, eles não destacam a contribuição dos povos africanos e da diáspora na construção da ciência. Quando criança li sobre a vida do cientista negro Dr. Thomas, o que mudou toda minha forma de pensar e de ver as profissões, então busquei fazer um trabalho de conscientização com os estudantes para que pudessem se identificar com essas personalidades e conhecer suas descobertas científicas, invenções e as dificuldades que passaram para desenvolvê-las e mesmo assim, não desistiram de realizá-las”, completou.

A mostra foi realizada em uma sala da escola onde os alunos distribuíram por todo o ambiente, fotos dos cientistas com suas biografias, cartazes e figuras simbolizando a cultura negra com palavras de ordem e respeito. Além da exposição às crianças receberam um álbum de figurinhas com imagens dos cientistas onde cada uma escrevia de próprio punho o nome das personalidades. De acordo com a professora Lorena, esse foi o artifício utilizado por ela para que eles gravassem os nomes de cada cientista e suas descobertas.

A estudante Kailany Sales,9, adorou a idéia. “Eu gostei muito do álbum de figurinhas, vou guardar com muito carinho, aprendi muito sobre esses cientistas e quero mostrar para minha família”. Caio Silva Ferreira dos Santos, 10, aluno do quarto ano, também gostou de saber o que cada cientista realizou. “Muito legal essa aula, aprendi que muitos negros fizeram coisas boas através de suas descobertas, eu gostei também de saber que eles descobriram curas para várias doenças”, contou.

Fotos: André Carvalho/Smed/PMS

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