Poesias, acrósticos, jograis, peças teatrais e musicais marcaram a realização da “Exposição Itinerante Mulheres Negras: Uma História bem Contada”, realizada pelo Fundo de Inclusão Educacional para Mulheres Afrodescendentes (FIEMA), na manhã desta segunda-feira (30), na Escola Municipal Amai Pró, em Campinas de Pirajá.
Cerca de 400 estudantes bastante entusiasmados participaram da ação e prestaram homenagens a educadora Rosangela Leite e a juíza e desembargadora, Luislinda Valois Dias, que também estiveram presentes no evento.
De acordo com a Coordenadora Executiva do FIEMA, Jussara Rosa, o projeto da exposição fotográfica se fundamenta na necessidade de fazer emergir a verdade histórica de mulheres negras cuja trajetória pessoal e profissional, quase sempre ocultadas, contribui para o contexto sócio-cultural.
“Buscamos através dessa exposição resgatar a memória e a história de mulheres negras que fazem a diferença em nossa sociedade e queremos mostrar aos nossos educandos que todos podem ser o que desejarem”, destacou Rosa.
A educadora Rosangela Leite foi escolhida pela comunidade escolar e local para ser homenageada na exposição. “Hoje recebi um grande presente, que é o reconhecimento. Agora só o que desejo é que todos os alunos percebam e aproveitem este momento e vejam que é possível”, ressaltou Leite.
Com muita emoção, a desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia, Luislinda Valois, agradeceu o convite do FIEMA para participar do evento e ressaltou a importância da realização de ações como estas para os estudantes.
“Todos nós somos iguais, mas não vemos isso no nosso cotidiano. Por isso é muito importante valorizar este momento. Aproveito também para ressaltar a importância dos professores que nos ajudam a fortalecer nossa identidade”, finalizou Valois, que foi a primeira juíza negra do país.