Prefeitura investirá mais de R$ 100 milhões em reformas de escolas

22 de mar de 2013 - dev

O secretário de Educação de Salvador João Carlos Bacelar anunciou na manhã desta sexta-feira (22), que a prefeitura de Salvador vai investir em 2013 mais R$100 milhões na recuperação das unidades educacionais da rede pública municipal. “Temos 427 unidades em Salvador. Deste total, 110 unidades são alugados e inadequados para a Educação. Já reformamos cerca de 180 escolas e outras 250 precisam de reforma, das quais 40 estão em estado crítico. São escolas que não passam por intervenção há 30 anos. Este ano vamos aplicar mais de R$100 milhões na reforma dessas unidades. Não poderíamos reformar tudo de vez porque senão pararíamos a rede municipal e prejudicaríamos toda a cidade”, afirmou Bacelar.

De acordo com o secretário, a situação da Educação está avançando em Salvador. “A Educação em Salvador nunca esteve numa situação tão boa como hoje, apesar dos baixos índices que temos atingido, e de ainda termos uma rede física com problemas. Esse é o retrato da Educação brasileira”, disse. “O problema é que a Educação não é prioridade para o Brasil. O ensino no Brasil fracassou. As elites brasileiras falharam na tarefa de educar o filho do trabalhador. Em matemática, por exemplo, na Prova Brasil, apenas 16% dos alunos alcançaram o nível adequado. O escândalo recente das provas de Redação do Enem, onde o corretores alegam que o MEC orientou para não aplicarem o rigor na correção das provas, para não deixar claro o fracasso da Educação no Brasil. Essa é a realidade brasileira”, lamentou o secretário.

De acordo com João Carlos Bacelar, apesar de o Brasil ser a sétima economia mundial, o país ocupa o 88° lugar em Educação de acordo com o ranking da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) . “E Salvador não foge a essa regra. As nossas crianças não se alfabetizam na época certa. Segundo os números, 85% das crianças saem do terceiro ano analfabetos e 80% chegam ao quinto ano analfabetos. O prefeito ACM Neto quer enfrentar isso e mudar essa realidade. O prefeito não quer nada mais, nada menos que as crianças da rede municipal sejam alfabetizadas no primeiro ano, como ocorre na rede privada”, afirmou o secretário.

Segundo João Carlos Bacelar, existem escolas na capital baiana com 102 alunos no terceiro ano, das quais 97 são analfabetos. “Por isso trouxemos o sistema Alfa e Beto, que visa alfabetizar as crianças aos seis anos, já no primeiro ano escolar. Este instituto tem a experiência aprovada em mais de 700 municípios brasileiros. Em Sobral, no Ceará, que faz uma grande revolução na Educação no Brasil, usa o sistema Alfa e Beto com outro nome. Lá, 92% dos alunos são alfabetizados no primeiro ano. Na rede privada existe sistema estruturado de ensino. E hoje o professor percebeu que esse sistema é positivo e está indo buscar os kits para aplicá-los na rede pública municipal”, enfatizou João Carlos Bacelar.