Projeto Africanidades na Soterópolis da E.M. Olga Figueiredo de Azevedo

03 de dez de 2019 - Publicidade

 

O mês de novembro na Escola Municipal Olga Figueiredo de Azevedo foi marcado pela criatividade, empatia, interação, dinamismo e muito entusiasmo. O Projeto Pedagógico Africanidades na Soterópolis buscou ampliar o conhecimento dos discentes sobre as influências africanas, afro-brasileiras no cotidiano de Salvador.

Para os alunos do Ensino Fundamental II, a primeira atividade aconteceu de 06 a 08 de novembro, com uma Oficina Ciranda de Rimas, ministrada pelo professor de filosofia e MC, Uh. Neto. Através dessa metodologia ativa os alunos discutiram e refletiram sobre as relações étnico-raciais através da linguagem do Rap e produziram um Rap autoral.

A segunda atividade realizada no último dia (20) foi o Cortejo, organizado em alas temáticas “A África está em nós” onde os alunos celebraram a oportunidade de retomar a identidade do povo negro, a partir de um ciclo de movimentos que teve seu ápice no dia da Consciência Negra.

A Gincana Ubuntu foi a última atividade realizada no período de 25 a 29. Com a metodologia ativa da gincana, os alunos protagonizaram um momento na escola de intensa criatividade, empatia e união para a construção das tarefas propostas. “A filosofia Ubuntu foi a base para dirimirmos a ideia de competição e enfatizarmos a cooperação, a solidariedade e a integração, pois “eu sou porque nós somos”, assim proporcionamos aos estudantes uma metodologia de ensino mais dinâmica que ultrapassou os limites da sala de aula, que ampliou a construção do ensino e da aprendizagem, dando mais sentido ao processo escolar, visando conhecer as tradições africanas e identificar de que maneira elas influenciaram a cultura soteropolitana”, explica a coordenadora pedagógica, Patrícia Rosas.

Os alunos do Ensino Fundamental I fizeram uma viagem à África através das brincadeiras de origem africana, pois de acordo com a coordenadora,  a ludicidade africana e afro-brasileira se afirma como um elemento importante aos estudos culturais, por evidenciar a capacidade de resistência, de criação e de recriação dos negros, no Brasil e no mundo. “Para tanto, há necessidade de se fazer uma ressignificação dos brinquedos e brincadeiras nas aulas, mostrando o quão importante são essas formas de representação da identidade cultura africana e afro-brasileira, trazendo a ludicidade como estratégia didática para ampliação dos conhecimentos acerca da cultura africana”, completou Patrícia.

Os alunos da Educação de Jovens e Adultos tiveram a oportunidade de participar de uma Roda de Conversa onde foi possível desenvolver diálogos, reflexões propositivas de temáticas relacionadas à Lei 10.639/03 que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira.

“É com um turbilhão de emoções positivas e grandes mudanças de comportamentos e aprendizados que encerramos o Novembro Negro, como também o ano letivo de 2019, certos de que excelentes foram os resultados do conjunto de muito compromisso e dedicação da equipe pedagógica, gestora e colaboradores, apesar de todas as dificuldades pertinentes a um processo educacional que buscou ser amplamente exitoso”, destacou a diretora da escola Roberta Carmo.