Projeto Boa Leitura finaliza ensaio na E.M. São Damião em comemoração à Consciência Negra.

21 de nov de 2019 - Publicidade

Nesta quinta-feira (21) foi realizado o último ensaio para apresentação dos estudantes da Escola Municipal São Damião, situada nas dependências do Convento Franciscano das Irmãs Imaculadas, no bairro de Águas Claras (GRE Cajazeiras). Eles se apresentam nesta sexta-feira (22), no auditório da instituição, quando acontece a culminância do projeto “Boa Leitura”, uma parceria entre a instituição e um grupo de contadores de histórias que levam integração e muita leitura para a sala de aula. O evento que será aberto para toda a comunidade escolar é parte das comemorações pelo Dia da Consciência Negra.

“A proposta é que nossos alunos socializem tudo que foi desenvolvido durante dois meses. Eles fizeram um trabalho a partir de pesquisa sobre a história, música, arte, criatividade, o reconhecimento de si, da sua identidade e ancestralidade”, conta a vice-diretora do matutino, Taís Barros.

Segundo a vice-diretora, o professor Mário Omar, responsável pelo projeto, fez com que as crianças se tornassem personagens das histórias trabalhadas. “Ele trouxe para as crianças questões que elas vivem no cotidiano em relação aos preconceitos, o autoconhecimento e reconhecimento das suas potencialidades. Nesse trabalho teatral, o professor conseguiu fazer com que elas se reconhecessem, pois é muito significativo para elas verem os colegas se apresentando, ver como acontece todo o processo de construção. Esse trabalho foi desinibindo as crianças, dando autoconfiança, respeito à arte e a produção do outro, além delas aprenderem sobre a cultura negra, destacou”.

Todo o desenrolar da ação teve a participação da Agente de Educação, Ruane Silva de Jesus, que foi a intermediária entre a escola e o projeto Boa Leitura. Ela conta que sentiu a necessidade de trazer um trabalho diferenciado para a escola por ter também crianças autistas, que precisavam de outras histórias para se desenvolver na leitura.  “Além dos livros propostos pelo currículo da rede os contadores trouxeram histórias que as crianças nunca ouviram e que não fazem parte do universo  delas, mudando a percepção da criançada sobre o ser negro”, completou.