Projeto Coleção do Alfabeto desenvolve o conhecimento das letras através da cultura Africana

28 de jul de 2021 - Jornalismo

A Escola Municipal Eugênia Anna dos Santos, situada no São Gonçalo do Retiro (GRE Cabula), criou um projeto que ensina o alfabeto às crianças da Educação Infantil (Grupos 4 e 5) através das histórias e objetos africanos. A proposta é ajudar os pequenos a aprenderem também sobre a cultura africana, afro-brasileira e afro-baiana.

Muitas são as demandas de formação e acompanhamento das crianças, segundo Maria Glacia Conceição Bastos, professora e idealizadora do projeto Coleção do Alfabeto. E o desejo é fazer do suporte da vídeoaula um disparador de acesso e experiência de aprendizagens possíveis às crianças em casa, com o apoio de um responsável.

“O projeto se insere como elemento capaz de, por meio de uma diversidade infinita de argumentos, através dos jogos, desenhos, objetos do cotidiano, brincadeiras, músicas, receitas e artes plásticas. Ele permite que as crianças se aproximem do conhecimento das letras do alfabeto de forma lúdica e significativa”, completou a professora.

A atividade foi iniciada com a divulgação de um vídeo explicando às famílias quais seriam as demandas dessa aprendizagem. “Propus temáticas a serem abordadas e associadas à cultura africana em geral, pois atende a demanda da nossa escola que é promover uma educação para as relações étnico-raciais. Mostramos artistas afro-baianos, países da África, elementos da cultura africana presentes em nosso cotidiano, como a dança, os blocos afros de Carnaval e outras variadas referências, que se apresentem como sugestão dentro do trabalho”, destaca.

De acordo com Glacia, as crianças aprendem a distinguir as letras, fazem associações preliminares entre letra e som, garantindo experiências de aprendizagens indicadas para o segmento. “A coleção do alfabeto é uma atividade que envolve colecionar objetos, palavras, desenhos e experiências variadas de conhecimento e reconhecimento das letras aos campos de aprendizagens previstos para a educação infantil”, explica.

Os trabalhos são apresentados um a um, em cada videoaula demandando da criança a inclusão de algum elemento de estudo à coleção dela, como um desenho, um recorte, um rótulo ou objeto, para que ao final da atividade, esta coleção possa ser apresentada ao grupo. Cada professora apresenta uma letra por semana, elas planejam atividades e garantem o acesso aos campos de experiências contidas no planejamento de tarefas desses alunos e incentivam a criança a buscar essas letras nas vivências delas.

Para a professora, o compromisso dos pais e responsáveis com a devolução dos trabalhos foi muito positivo. Priscila Borges Santos Calmon, mãe da aluna do G5, Maria Clara Borges de Jesus, elogiou a ação dos professores. “Esse projeto é muito importante para as crianças. Minha filha avançou muito, ela estudou dois anos em escola particular e não sabia nem fazer o nome. Hoje, com o método adotado, já consegue escrever o nome completo e fazer cartazes pra todos da família, eu sou muito grata à pró Gal e a todos os professores por essa iniciativa”, destacou.