Projeto Rodinha Literária trabalha leitura e letramento na Escola Municipal de Canabrava

14 de jun de 2021 - Jornalismo

A Escola Municipal de Canabrava (GRE Cajazeiras) realizou na quarta-feira (9) mais um encontro literário com estudantes do 2º e 3º anos da unidade escolar. Intitulada “Rodinha Literária”, a atividade faz parte de um bate papo pelas redes sociais – uma forma de dar continuidade ao ensino dos estudantes que estão ainda em estudo híbrido por conta da pandemia. O objetivo é mostrar a importância da literatura e das histórias infantis para a aprendizagem. Os encontros ocorrem quinzenalmente, revezando entre dois grupos: um com as turmas do Grupo 5 e do 1º ano e outro com as turmas do 2º e 3º anos.

De acordo com a diretora da unidade, Neide Lúcia dos Santos, o momento é de reunir os alunos e manter o interesse deles pelos livros e as histórias do universo infantil, aproveitando para conscientizar e relembrar do cuidar da natureza e do planeta. “A pandemia nos trouxe grandes desafios, como dar continuidade aos estudos e também manter o projeto Rodinha literária realizado desde 2008 pela professora Valdice Oliveira. É uma honra para nós continuar trabalhando o amor aos livros e perceber a interação dos nossos estudantes no ouvir, recontar e reescrever as histórias”, diz Neide.

A professora e mediadora projeto, Valdice Oliveira Souza, conta como surgiu a ideia e como esses encontros têm sido maravilhosos. “O Rodinha Literária é uma iniciativa da escola, criado para contribuir com o processo de letramento das crianças por meio da realização de atividades variadas, principalmente a contação e reconto de histórias. Em 2009, adicionamos ao projeto o empréstimo de livros, no qual os alunos faziam a escolha e levavam para casa livros para leitura com a família. Esses encontros literários têm sido muito proveitosos, pois as crianças e os pais se empenham em estar no horário para curtirem e aprenderem bastante”.

Para Valdice, a receptividade e o aprendizado são muito entusiasmantes. “A partir do envio de vídeos e áudios com reconto de histórias por meio dos grupos de WhatsApp, temos percebido que o interesse desses alunos se mantém e as devolutivas apresentadas por meio de desenhos, áudios e vídeos têm sido constantes e demonstram que o entendimento e apropriação do conteúdo dos recontos estão sendo proveitosos e apreciados pelos alunos e familiares”, ressalta.

Livros que falam sobre a preservação da natureza, reciclagem, cultura brasileira, direitos humanos, entre outros assuntos, fazem parte da roda de conversa que a professora realiza junto com outros profissionais da escola que também se empenham em dar continuidade ao aprendizado, além de planejarem atividades para serem feitas durante o isolamento em casa. “A partir do calendário pré-estabelecido, abordamos temáticas de convivência na diversidade; valorização da cultura afro-brasileira; preservação ambiental; direitos das crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiências; eventos culturais da cidade de Salvador e da Bahia. Também, no contexto da pandemia, histórias e vídeos lúdicos com esclarecimentos sobre o que é o novo coronavírus, cuidados e orientações para prevenção e sugestões de atividades a serem realizadas em casa por conta do distanciamento social”, complementa.

Criatividade e compreensão das temáticas abordadas nas mais variadas histórias, são consideradas na articulação com os trabalhos desenvolvidos pelos professores durante os encontros e é assim que as crianças se comportam nas lives, trazendo a lembrança do que foi estudado anteriormente . “O acesso aos livros de literatura possibilita aos alunos o despertar pelas histórias, a motivação para participar das sessões semanais, nas quais expressam a oralidade e a capacidade de desenvolver a imaginação fazendo aguçar a criatividade desses estudantes e as lembranças do que foi estudado nas aulas passadas”, relata a professora Valdenice.

A vendedora autônoma, Edileuza dos Santos Alves de Jesus, mãe de Thauan dos Santos Alves de Jesus, 8, aluno do 3º ano, acompanha as lives com o filho e aproveita também para aprender e relembrar os tempos de estudante. “É muito importante para o aprendizado das nossas crianças, uma forma delas aprenderem brincando com as histórias e de quebra ainda eu relembro assuntos que fizeram parte do meu aprendizado enquanto criança e aprendo mais, nós gostamos muito” revela.

Em 2012, a sala que antes era um laboratório de informática e se chamava Biblioteca Espaço Arte e Leitura foi desativada. Em 2018, recebeu o nome Biblioteca Professora Valdice Oliveira Souza, em homenagem à docente por iniciativa da equipe escolar e da comunidade de pais e responsáveis. Uma forma de agradecer a docente pela contribuição e o papel que desempenha na unidade em fazer, junto com outros professores, o melhor pela educação dos estudantes da unidade.