Salvador tem incentivo à leitura e à alfabetização

10 de jun de 2008 - dev

Dois mil e sete foi o ano municipal da leitura e 2008 é o da alfabetização. Além disso, em maio, foi decretada e sancionada a Lei nº 322/2008 que dispõe sobre a Política Municipal de Incentivo ao Livro e à Cultura da Leitura, ações que transparecem a preocupação da Prefeitura de Salvador e da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC) com a formação educacional do aluno.

Nesta terça-feira (dia 10), a Lei de Incentivo ao Livro e à Cultura da Leitura, de autoria da vereadora Olívia Santana, vai ser lançada no Palácio da Aclamação, às 9 horas . Na ocasião, a Fundação Gregório de Mattos vai apresentar os projetos Biblioteca Viva e Livro Livre.

A Biblioteca Livre acontece periodicamente na Biblioteca Edgard Santos, com o objetivo de incentivar o gosto pela leitura no público infanto-juvenil, através de sua participação em atividades coordenadas por uma equipe de profissionais, incluindo oficinas de teatro de bonecos para as crianças e roda de leitura para os adolescentes. O Livro Livre é a liberação de livros em espaços públicos, para incentivar os transeuntes à leitura.

O coordenador geral de ensino da SMEC, Manuel Calazans, explicou que não se pode pensar em leitura sem pensar no leitor que vai ser alfabetizado. “Por isso, o mais importante é a criação de projetos que propiciem a leitura. Pensar em como a escola e os professores podem incentivá-la, sem esquecer a importância da compreensão, porque muitos lêem, mas não compreendem o que estão lendo”, destacou Calazans.

Ele informou ainda que mais de 150 escolas municipais desenvolvem projetos próprios e que um professor em cada uma destas instituições de ensino foi liberado em 20 horas semanais (metade de sua carga horária) para desenvolver a leitura na escola.

A Lei tem o objetivo de estimular a leitura e a formação de uma sociedade de leitores, ampliar o acesso ao livro, incentivar a produção literária e editorial, preservar a identidade, a diversidade étnico-cultural, memória e imaginário do povo soteropolitano, baiano e brasileiro, além de fomentar a formação continuada de mediadores da leitura.

Programas

Ela também prevê que a Prefeitura, através da SMEC, desenvolva programas e projetos, como o Programa Bairro Leitor, com o objetivo de realizar ações de fomento à leitura, priorizando comunidades com menor acesso a equipamentos públicos destinados à leitura; e o “Programa Cantinho da Leitura”, que disponibilizará livros, periódicos, revistas e similares nos órgãos do poder público municipal, em local de fácil acesso para uso dos funcionários e consulta da população.

Serão organizados ainda eventos com vistas à difusão do livro e da leitura na cidade; oficinas e minicursos de capacitação dos integrantes das bibliotecas comunitárias; concursos literários direcionados a escritores da cidade e a estudantes do ensino público, com premiação, para estimular a criação literária e realizar campanhas de mobilização das comunidades para difundir a importância do hábito da leitura.

Um dos programas estabelecidos pela lei – o de formação de mediadores de leitura – já está em funcionamento. Cento e setenta e dois professores da rede municipal de ensino receberam, dia 30 de maio, o certificado de participação da primeira etapa do curso de capacitação em mediadores de leitura, promovido pelo Instituto de Responsabilidade e Investimento Social (Instituto Íris), em parceria com a SMEC. O curso formará professores leitores, multiplicadores do conhecimento que trabalharão para despertar nos estudantes da rede municipal de ensino o interesse pelos livros.

A SMEC está promovendo também o Projeto Cordel Ambiental, uma discussão sobre o meio ambiente, que acontecerá durante os meses de junho, julho e agosto. O projeto promoverá um concurso de criação de cordéis que versem sobre a área ambiental, produzidos por alunos de escolas da rede municipal.

“Como coordenador de ensino, acredito que a Lei permite à SMEC mobilizar mais as escolas e os professores para dar maior visibilidade aos programas, pensando na leitura como uma grande aliada para o desenvolvimento social”.