Seminário debate questões de inclusão

28 de abr de 2009 - dev

O I Seminário Letras da Diversidade que aconteceu na manhã desta terça-feira (28 de abril), no auditório Milton Santos, localizado no Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), buscou refletir sobre a inclusão de jovens e adultos na Educação, assim como das temáticas de gênero e raça.

A coordenadora do Fundo de Inclusão Educacional para Mulheres Afrodescendentes (FIEMA), Juçara Rosa, falou da importância da preparação de professores “no sentido de que seja fortalecida a presença das mulheres de comunidades sobre questões históricas de gênero e raça”. Rosa colocou-se à disposição do programa Salvador Cidade das Letras e do CEAFRO – Educação e Profissionalização para a Igualdade Racial e de Gênero para fortalecer a inclusão social dessas mulheres.

Para a conselheira do FIEMA e presidente da Associação Nacional dos Advogados Afrodescendentes (ANAAD), Silvia Cerqueira, a importância do seminário está no fato de que o conhecimento vai ser levado a todos dentro de sala de aula. “Possibilita um conhecimento sobre a questão histórica dos negros. Vamos conseguir ter alunos menos preconceituosos, com preconceito menos arraigado”, afirma.

A doutora em Educação, Stella Rodrigues, professora titular da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), buscou refletir sobre o cenário atual na questão de mulheres no mundo, em que dois terços são analfabetas. Rodrigues afirma que a pressão da sociedade civil reflete o que vem acontecendo, que é a inclusão de jovens e adultos e das temáticas étnico-raciais e de gênero. “Escrever e ler é instrumento de poder”, afirma.

Relato de experiências

Professoras alfabetizadoras do programa de Educação de Jovens e Adultos de 2008 contaram suas experiências. Elas falaram da vontade de aprender de seus alunos, do processo de aprendizado mútuo, assim como da importância da integração social como instrumento de transformação do cenário atual.

A professora Vilma Maria Fernandes conta que aprendeu muito no processo de formação. “Quanto mais a gente aprende, a gente cresce. Eu progredi, eu cresci e me tornei uma pessoa de maior valor para meus alunos”, relata. Fernandes sugere a inovação nas aulas para estimular o aprendizado dos alunos.