Seminário sobre a implantação da Agenda 21 nas escolas

03 de abr de 2007 - dev

Lis Grassi

A Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC) e a Superintendência do Meio Ambiente (SMA) realizam, entre os dias 03 e 04 de maio, o I Seminário Agenda 21 nas Escolas Municipais. O projeto tem como objetivo refletir sobre o conceito e importância da participação de todos na
construção da Agenda 21, principalmente no que diz respeito a trazer
essa iniciativa para dentro das escolas. A Agenda 21 é um programa de ação para todo o planeta, a fim de estabelecer uma nova relação entre países ricos e pobres. Nela, estão agendados compromissos da humanidade com o século XXI, visando garantir um futuro melhor para o planeta, respeitando o ser humano e o seu ambiente.

Estiveram presentes na abertura do seminário autoridades municipais e estaduais. Logo após os pronunciamentos das autoridades, a consultora técnica do Ministério de Meio Ambiente, Daisy Cordeiro, realizou uma palestra acerca do tema do seminário. -Estamos em um momento crítico e todos precisam se comprometer com a qualidade de vida das pessoas, não só no aspecto ambiental, mas também social e econômico. A Agenda 21 é um grande instrumento para que isso venha acontecer,
afirmou a consultora.

A Agenda 21 inserida nas escolas, segundo o secretário municipal de
Educação e Cultura, Ney Campello, sai do âmbito global e integra o cotidiano das escolas. -E isso é fundamental para que eles tenham uma educação na qual também se preocupem com o futuro da sua cidade, país e planeta, frisou.

Já o superintendente de Meio Ambiente de Salvador, Ary da Mata, afirmou que as escolas são fundamentais para a disseminação da Agenda 21, pois as instituições de ensino formam o cidadão do futuro, que tem a capacidade de influenciar. -Para uma cidade de participação popular ativa, três pilares são fundamentais: a implantação da Agenda 21; o orçamento participativo e a descentralização administrativa, concluiu o
superintendente.

A proposta é fazer com que esta iniciativa influencie também outros municípios, conforme frisou o presidente da Comissão do Saneamento Urbano e Meio Ambiente da Câmara Municipal do Salvador, José Carlos Fernandes. -Esta Agenda é um instrumento de preservação de direitos para o futuro de pessoas que nem estão aqui, de quem ainda vai nascer. O interesse é tratar a educação de uma forma orgânica, global, integral, salientou.

O superintendente de Recursos Hídricos do Estado da Bahia, Júlio Rocha, enfatiza que a idéia central é conseguir disseminar nas comunidades a Agenda 21. -O projeto é bastante consistente e é interessante, afinal visa inserir nas escolas a perspectiva da sustentabilidade. A finalidade é pensar a escola como espaço pedagógico de compreensão do que é desenvolvimento sustentável, afirmou Rocha.

Durante o primeiro dia do seminário, ocorreram relatos de experiências do Coletivo Jovem de Meio Ambiente de Salvador, participações da Agenda 21 de Itapuã e do Litoral Oeste Subúrbio e apresentação da peça Agenda 21: adote esta idéia, seguida de debate. Amanhã (04) o seminário será realizado na Escola Municipal IMEJA, na Boca do Rio, a partir das 08h30, com
Oficinas para Docentes e Oficinas do Futuro para Alunos.