Smed apresenta estratégias para a Educação Infantil

23 de jun de 2021 - Jornalismo

A Secretaria Municipal da Educação (Smed) apresentou através do documento Orientações Curriculares e Pedagógicas para a Rede Municipal de Ensino de Salvador, as diretrizes para a rotina da rede escolar e os elementos que são essenciais no dia a dia das crianças no retorno das aulas semipresenciais. O objetivo é direcionar o trabalho dos profissionais da educação nos processos de ensino e aprendizagem. A proposta é dar continuidade e ampliar o que já estava sendo feito no ensino remoto.

Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) o ensino infantil não tem a obrigatoriedade de cumprir na íntegra, a carga horária de toda a Rede de Ensino. De acordo com a coordenadora de formação pedagógica da Smed, Alana Márcia de Oliveira, a Educação Infantil não terá um currículo essencial para o período de pandemia.

O acompanhamento pedagógico desenvolvido pelas unidades devem considerar as conquistas, os avanços e aprendizagens das crianças.
“É um período em que a criança precisa ser estimulada com o lúdico. Vamos continuar o que já estávamos trabalhando no remoto – ambiente de experimentos, de aprendizagem e interação. É apostar nas atividades a céu aberto com elementos da natureza. Utilizar espaços onde as crianças possam ter mais liberdade. No geral, é manter dentro do distanciamento social a lógica da educação infantil, que é aprender através das experiências”, explica.

De acordo com Regiane da Silva, doutora em Educação Especial da Faced (Ufba) o período da infância é importantíssimo para o desenvolvimento humano, é a fase que se adquire conhecimentos e habilidades, pré-requisitos para todos os outros aprendizados.“Conhecer e compreender a realidade das crianças durante o isolamento social decorrente da pandemia contribui para que nós, enquanto professores, pesquisadores e profissionais da educação possam criar estratégias e vivências que estimulem as crianças a superar dificuldades e atrasos no desenvolvimento para que possam continuar a aprender e se desenvolver, pois este é objetivo dessa etapa da educação”, pontua.

Regina acrescenta que cada criança vive em um contexto específico dentro de sua realidade, e por isso o retorno ao espaço escolar, será diferente na maneira que cada um se comunica.“É importante considerar que nessa idade de 2 a 6 anos, a aquisição de novas habilidades aconteçam de maneira rápida (fase da plasticidade neural). Aos poucos, essas crianças conseguirão desenvolver-se adquirindo conhecimentos comuns à idade, basta que sejam estimuladas’’.