A Secretaria Municipal da Educação (Smed) deu continuidade quarta-feira (27) a mais uma edição do webinário sobre o Enraizamento do Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) na Rede Municipal de Ensino. Dessa vez a temática abordada foi a implantação do planejamento na Educação Infantil como instrumento pedagógico para intervenção precoce. A palestra exibida pelo canal da Smed no Youtube está disponível no link abaixo:
As participantes do encontro virtual, Sheila Uzeda professora adjunta da Ufba, Mércia Machado, gestora da Rede, a coordenadora pedagógica Marilene Ferreira e Fabiana Fiuza enfatizaram a importância do documento na Educação Infantil e como ele pode promover o aprendizado com equidade para as crianças com deficiência, transtorno do espectro do autismo e altas habilidades/superdotação.
O PDI é um documento norteador do trabalho educacional que identifica como as expectativas de aprendizagem podem ser alteradas, levando em consideração as necessidades de cada estudante. A coordenadora de Inclusão da Smed Jaqueline Araújo, mediadora do debate, completa. “É um instrumento para intervenção precoce que favorece a adaptação curricular, o desenvolvimento pedagógico dos alunos e serve de base para os anos iniciais do ensino fundamental, além de fortalecer o trabalho dos professores”.
Conforme a professora adjunta da UFBA, Membro do Grupo de Estudos, Educação Inclusiva (GEINE) Sheila Uzeda, o PDI na educação infantil tem três eixos estruturais que são: Brincar, interagir e aprendizagem. A especialista explica que para a criança, o brincar é o caminho do desenvolvimento é a forma como ela conhece o mundo, forma conceitos e se desenvolve motoramente. “A brincadeira é fundamental para que esse desenvolvimento aconteça de modo mais pleno possível e para criança com deficiência, com transtorno do espectro ou com altas habilidades e superdotação que é o público alvo da educação especial, esse brincar é essencial”.
Mércia Machado, gestora da Creche Pré-Escola Primeiro Passo Cajazeiras VIII, que este ano recebeu 11 crianças com alguma especificidade, contou um pouco da experiência adquirida durante esses cinco anos de existência da unidade escolar. Ela contou que a princípio não utilizou o PDI, mas com a implantação do documento pode ver com mais clareza a evolução do aprendizado de cada criança. “O PDI capacita o trabalho com as crianças, quando nos deparamos no final do processo de aprendizagem desses alunos, o avanço é incrível, é gratificante quando percebemos o desenvolvimento de cada aluno”.
A coordenadora pedagógica Marilene Ferreira defende que é imprescindível a participação da família em todo o processo. “É de fundamental importância o pacto com a família, isso permite que a responsabilidade seja compartilhada.
“O PDI trouxe luz para muitas informações que a gente precisava garantir para uma boa educação inclusiva que é o direito dos nossos pequenos. A criança que tem necessidade especial tem direito de estar incluída no processo educativo e precisamos abraçar essa proposta como direito deles, para que elas sejam protagonistas do saber”, enfatizou a professora Fabiana Fiuza.