O Dia Mundial da Alfabetização, comemorado neste 8 de setembro, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), através da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O objetivo da data é destacar o quanto a população alfabetizada de um país pode contribuir para o desenvolvimento social e econômico mundial. A Secretaria Municipal da Educação (Smed) tem investido em formação de professores, coordenadores pedagógicos e gestores escolares com a proposta de garantir aprendizagem de qualidade aos seus estudantes.
O resultado das avaliações externas que vêm sendo realizadas através do Programa Salvador Avalia (Prosa) tem contribuído também para a identificação de necessidades de aprendizagem por parte dos estudantes, auxiliando o planejamento docente e busca por proposição de condições para que todos aprendam.
De acordo com a diretora pedagógica da Secretaria Municipal da Educação (Smed) Cínthia Maria Seibert, a grande novidade é o Programa Aprender pra Valer, em parceria com a Associação Bem Comum/Fundação Lemann, com a organização de equipes no Órgão Central e nas Gerências Regionais. “As equipes compostas por profissionais da própria Rede, (supervisores e formadores), estão apoiando a gestão da aprendizagem das unidades de ensino com a dupla gestora (gestor e coordenador pedagógico) e, principalmente com os professores do 1º ao 5º ano. Os supervisores estão acompanhando o trabalho pedagógico da unidade de ensino, os formadores auxiliam os professores e a dupla gestora a ressignificam suas práticas a partir do material estruturado que Salvador já construiu: Política Educacional Nossa Rede”.
Cínthia ressalta que todas as ações já realizadas ou em fase de implantação em Salvador estão sendo articuladas de forma coerente para garantir a aprendizagem dos alunos soteropolitanos, avançando nas propostas formativas, nas análises dos resultados por unidade de ensino e em novas proposições.
No Brasil, as taxas de analfabetismo têm diminuído, mas ainda estão longe de serem as ideais. Para um país alcançar seu desenvolvimento é necessário que ele promova o acesso à educação para toda a população. A criação de políticas educacionais que zelem de forma integrada pelo ingresso na “idade certa”, permanência e sucesso (nível de proficiência adequado em Língua Portuguesa e Matemática nas avaliações externas dos alunos), com programas de formação continuada para os professores, que considerem as escolhas teórico-metodológicas dos sistemas de ensino, garantindo assim o protagonismo das redes de ensino, são alternativas que podem contribuir para a erradicação do analfabetismo. “Essas políticas educacionais precisam ser complementadas com outras políticas sociais de forma intersetorial, fazendo com que as famílias possuam condições objetivas de priorizar a escola de seus filhos”, explica.
Apesar das dificuldades, a diretora pedagógica afirma que o Dia Mundial da Alfabetização deve ser comemorado. “Os estudos na área educacional evoluíram bastante e temos exemplos reais de sistema de ensino aqui no Brasil de qualidade. Um dos caminhos é tornar as políticas educacionais de sucesso, de Estado e não de Governo. Quando o Brasil compreender melhor isso, talvez alcance resultados mais satisfatórios no quesito alfabetização”.