Smed discute em Webinário proposições à Coordenação Pedagógica no Ensino Híbrido

11 de dez de 2020 - Jornalismo

A Secretaria Municipal da Educação (Smed), através da Diretoria Pedagógica, realizou na quinta-feira (10) mais um Webinário Nossa Rede, dentro do ciclo de formação pedagógica, desta vez com o tema “Proposições à Coordenação Pedagógica no Ensino Híbrido para toda a Rede”. O encontro contou com a participação da mestre em educação à distância e coordenadora pedagógica da Rede Municipal de Salvador, Jucineide Carvalho, e da também mestre em educação e diretora presidente do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (ICEP), Elisabete Monteiro.

Aberto pela gerente de Gestão Escolar da Diretoria Pedagógica (Dipe), Nilce Gama, o evento teve como principal objetivo apresentar ideias sobre a atuação dos coordenadores pedagógicos neste novo processo educacional do estudo híbrido, que alia métodos de aprendizado online e presencial, em meio a pandemia. De acordo com Elisabete Monteiro, para o estudo híbrido é preciso considerar o contexto de cada unidade escolar, o funcionamento da escola durante o período de pandemia e as orientações pedagógicas que foram e serão priorizadas. “Não podemos partir do zero, como se estivéssemos no vazio, pois estamos atrelados a um fazer pedagógico a partir dos nossos referenciais curriculares dos anos iniciais e finais, além dos cadernos pedagógicos Nossa Rede. Não podemos perder de vista a concepção didática subjacente aos documentos da educação municipal”, destaca.

A diretora presidente do ICEP, que este ano está atuando ano em mais de 30 municípios baianos, apresentou exemplos de projetos que são realizadas em outras cidades e falou sobre o olhar que a coordenação pedagógica deve ter e as possibilidades do “fazer”, sem perder de vista a concepção de ensino- aprendizagem, considerando todos os campos de experiência. “O foco da coordenação pedagógica deve ser a orientação e discussão com o professor sobre situações didáticas possíveis, considerando as modalidades e ferramentas disponíveis. A dupla gestora, a coordenação pedagógica e a equipe técnica, tem um papel precioso na orientação dos professores para que as atividades não ocorram de forma fragmentada”. Elisabete Monteiro destaca ainda que não se pode perder de vista o monitoramento das ações realizadas, quanto às atividades impressas, alcance dos estudantes (baixo, médio ou grande), etc.

Em seguida, a coordenadora pedagógica da Rede Municipal de Salvador, Jucineide Carvalho começou a sua fala com um retrospecto sobre as condições de trabalho na Rede Municipal de Salvador, a partir de 2005, considerando todos os avanços e conquistas até o momento atual, com a necessidade do estudo híbrido. “A gente começa a ter acesso a terminologias e ambiências que são estranhas para nós, mas que começam a fazer parte do nosso cotidiano de forma não planejada. No entanto, já fazíamos o estudo híbrido, antes da pandemia, por exemplo, através da linguística (elementos de línguas diferentes) o que demonstra que o ensino híbrido é criação e transgressão, o que sempre fizemos”, aponta.

Jucineide destacou ainda a necessidade de não se perder de vista o conceito de formação, como um conjunto de condições e mediações para que as aprendizagens aconteçam e elencou os princípios básicos para uma coordenação pedagógica nestes tempos de agora. Segundo ela, é preciso diferenciar o tempo cronológico e o tempo de aprendizagem. “O tempo da hora aula de 50 minutos não se aplica no whatsapp, por exemplo. Além disso, é preciso avaliar as diretrizes curriculares nacionais da educação básica e alinhar com a autonomia dos coordenadores com o seu fazer educacional, buscando dar leveza a todo o processo”.

Ainda dentro das proposições sobe o estudo híbrido, a coordenadora pedagógica enfatizou que é preciso planejar e sistematizar, de modo a ter um controle sobre a forma como estas atividades serão executadas pelos alunos. “Vamos criar rotinas nossas, com planejamento, necessidades de reuniões coletivas, individuais com professores e com gestores, apreciação de atividades para suscitar os debates, formação continuada e estruturação de um relatório, para registrar tudo o que tem sido executado”, finalizou.

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