A Secretaria Municipal da Educação (Smed), em parceria com a Associação de Amigos do Autista da Bahia (AMA-Ba) entregou nesta quinta-feira (19), cerca de trezentos recursos pedagógicos adaptados para as Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) das Escolas Municipais Comunitária Histarte (GRE Centro) e Alto da Cachoeirinha Nelson Maleiro (GRE Cabula). O material é voltado à orientação de professores no trabalho com os alunos que têm Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), para que possam atender às necessidades educacionais específicas.
O objetivo da ação foi atender a meta estabelecida na parceria celebrada com a instituição e favorecer a ampliação de habilidades e competências relativas aos aspectos da comunicação, interação social, linguagem, regulação afetiva e emocional, desempenho psicomotor, autonomia e demais funções cognitivas. É isso o que explica a coordenadora de Inclusão Educacional e Transversalidade da Smed, Jaqueline Araújo. “Esse é um material muito rico devido a sua plasticidade. Com ele, é possível personalizar o trabalho do professor de acordo com o perfil de cada aluno e em relação a necessidades como dislexia, desvalia, disgrafia, deficiência intelectual’, explica.
Todos os professores da Rede Municipal que atuam nas SRM das escolas receberão formação específica para que compreendam a importância desses recursos pedagógicos e internalizem os processos mentais que precisam ser atingidos. No final de 2019, um material pedagógico semelhante foi entregue para Instituto Municipal de Educação Professor José Arapiraca (IMEJA) que faz parte da GRE Itapuã. O intuito é que outras escolas também tenham acesso e se beneficiem com os recursos, socializando conhecimentos e realizando trocas de experiências e vivências significativas.
Ainda de acordo com a coordenadora, os recursos materiais foram planejados, projetados, elaborados, testados, avaliados e organizados com diferentes níveis de complexidade para estimular o desenvolvimento das funções cognitivas e ampliação das habilidades dos alunos com autismo. “A partir do momento que o professor conhece a realidade do aluno e tem a possibilidade de adequar o ensino a essas necessidades, através de um material que é fruto de pesquisa, testagem e experimentação em diversos níveis de aprendizagem, ele consegue ser mais assertivo e assim o aluno vai ter um desenvolvimento pedagógico muito melhor”, finaliza Jaqueline Araújo.