Smed promove formação com foco no combate ao racismo institucional

20 de ago de 2021 - Jornalismo

O Núcleo de Políticas Educacionais das Relações Étnico-Raciais (Nuper) deu início, na quarta-feira (18), ao primeiro encontro para formação do Núcleo Interno do Programa de Combate ao Racismo Institucional. A proposta é afinar o discurso entre todos e todas que compõem o Núcleo Interno, com objetivo de ampliar a discussão desta temática nos diversos setores da Educação e, consequentemente, adquirir uma estrutura que seja ampliada para toda a Rede.

A formação será de 30 horas, mescladas em encontros virtuais e presenciais. O encerramento está previsto para dezembro. “Precisamos ter a mesma forma de pensar no Núcleo Interno (NI) em conceitos, proposições, visões para que o grupo trabalhe da mesma maneira. Essa é a proposta da formação, que tenhamos pessoas que façam a discussão nos mais diversos setores da Rede”, explica Eliane Boa Morte, coordenadora do Nuper.

Para Jucineide Lessa de Carvalho, coordenadora pedagógica da Gerência Regional de Educação (GRE) Pirajá, a iniciativa é uma auto formação dos integrantes do Núcleo Interno que posteriormente serão multiplicadores para as equipes da gerência, gestão escolar, professoras, coordenadoras e familiares. “A discussão é essencial, pois apesar de morarmos em uma cidade onde mais ou menos 80% da população é negra, ainda falamos muito pouco sobre a negritude, empoderamento cognitivo, de como combater o racismo e demais assuntos em torno da temática”, ressaltou.

Servidora da Smed há 45 anos e integrante do Nuper, Marlene Machado Silva, do setor de Estágio, destaca a importância da formação. “O que estamos discutindo aqui é pra vida, não é uma questão que vai ficar restrita à Secretaria, mas tem que fazer parte da nossa vivência. Aprender a se colocar como cidadã e cidadão no mundo”, destacou.

Conforme Gilson Souza Santana, que também é servidor da Smed, o processo formativo vai garantir que o Nuper atue em diversas frentes na Secretaria. “Tudo que for debatido será propagado nas escolas com as professoras, gestoras e coordenadoras para que compreendam o racismo institucional e estrutural e possam contemplar, a partir do ponto de vista étnico-racial, uma democracia real e consolidada. Que possamos ajudar no processo desconstrução e reconstrução de um novo cenário onde as pessoas respeitem e convivam com a diversidade.”